quinta-feira, 19 de novembro de 2015

OCCIDIOSE AVIÁRIA




  A coccidiose aviária é causada por parasitas do gênero Eimeria, que levam às aves a uma enfermidade entéricas mais importantes, devido aos prejuízos econômicos por ela 
 causados. Esta enfermidade representa uma constante ameaça às criações de aves de produção, assim como também pode afetar a criação de pássaros que vivem em cativeiro tais como bicudos, curiós, canários, periquitos, etc.
  A coccidiose é causada por protozoários do gênero Eimeria, sendo considerada a doença mais importante na avicultura industrial, não bastando o fato de que o agente cause enterite e diarréia, (conseqüentemente, uma diminuição na absorção intestinal de nutrientes,) há ainda um efeito sinérgico da coccidiose com outras doenças, sendo mais severos do que quando ocorre sozinha (ALLEN & FETTERER, 2002)

Sinais Clínicos: Os sinais clínicos da coccidiose variam conforme as espécies de coccídios envolvidos na infecção, algumas espécies patogênicas causam diarréia que varia de mucóide a sanguinolenta, desidratação, penas arrepiadas, anemia, despigmentação da pele e prostração, dentre outros sinais clínicos (ALLEN & FETTERER, 2002).

Diagnóstico: O diagnóstico da doença pode ser feito ao nível de campo e laboratorial sendo baseado nos achados macroscópicos e confirmado microscopicamente, para a sua realização, deve-se selecionar ao acaso um grupo de animais do galpão, os quais serão sacrificados e submetidos à necropsia (KAWAZOE, 2000).
   A seleção não deve se limitar a animais doentes e debilitados, assim como não se deve necropsiar animais mortos no galpão, pois as alterações post-mortem nos intestinos dificultarão o diagnóstico (ALLEN & FETTERER, 2002).
Pode-se fazer um exame direto do conteúdo intestinal através de um raspado de mucosa e observação ao microscópio procurando os oocistos indicando infecção, embora isto não signifique a presença de doença clínica (LILLEHOJ H & LILLEHOJ E, 2000).
2.5. Controle, prevenção e tratamento Para que se faça um bom controle e conseqüentemente obter a prevenção de surtos, é necessário o uso de vários métodos associados ao manejo adequado, desinfecção e limpeza isoladamente, não são suficientes para o controle, para tal, é necessário lançar mão do uso de anticoccidianos nas rações ou usar vacinas existentes no mercado, em função de que os oocistos de Eimeria permanecem viáveis por mais de um ano no ambiente em condições ideais de temperatura e umidade (ALLEN & FETTERER, 2002).
 

Estão disponíveis no mercado dois tipos de vacina contra a coccidiose, a vacina atenuada e a virulenta, as vacinas vivas atenuadas contra coccidiose oferecem uma vantagem significativa em termos de segurança em relação às vacinas vivas virulentas, estas vacinas atenuadas, consideradas de segunda geração, possuem um mercado crescente desde o seu lançamento, porém o seu consumo é inferior ao da vacina de primeira geração (LILLEHOJ H & LILLEHOJ E, 2000).
O uso de vacinas vivas ainda está em uma escala relativamente pequena principalmente para frangos de corte. O impacto econômico, os benefícios produtivos, as limitações da vacinação e as estratégias de controle serão melhorados ao longo do tempo (ALLEN & FETTERER, 2002).

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALLEN P. C., FETTERER R. H. Recent advances in biology of Eimeria species and diagnosis and control of infection with these coccidian parasites of poultry. Clin Microb Rev 2002; 15: 58-65.
DANFORTH H. In: Simpósio Internacional sobre Coccidiose Aviária II, Foz do Iguaçu, Brasil. Proceedings, FACTA, 1999, p. 45-52.
LILLEHOJ H. S., LILLEHOJ E. P. Avian coccidiosis. A review of acquired intestinal immunity and vaccination strategies. Avian Dis. 2000; 44: 408-425.
KAWAZOE U. Cccidiose In Doença das Aves; Campinas, FACTA, 2000:p391-

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