Os coelhos são mantidos frequentemente como animais de estimação, são bem populares entre as crianças e adultos.
A dermatofitose é a infecção originada por fungos que têm capacidade de invasão dos tecidos queratinizados de seres humanos e animais. Entre os dermatófitos que ocasionalmente são observados em coelhos domésticos estão o Microsporum gypseum, Microsporum audouinii, Trichophyton verrucosum, Trichophyton schoenleinii, dentre estes destacando o Microsporum canis.
A dermatofitose causada por
Microsporum sp em coelhos domésticos mostrou-se presente na avaliação , por se tratar de uma afecção infectocontagiosa aos seres
humanos e animais, a atenção sobre esta enfermidade deve ser redobrada visando
seu controle objetivando evitar disseminações e riscos de surtos.
A
dermatofitose é a infecção originada por fungos que têm capacidade de invasão
dos tecidos queratinizados. Ambientes onde tenham existido animais
infectados podem ser fontes de contágio, sendo que as dermatofitoses
são extremamente contagiosas e, facilmente transmissíveis aos humanos. A transmissão
ocorre por contato direto entre animais infectados, por vias aereas. Os animais
doentes constituem uma fonte importante de contágio, através da presença de
esporos disseminados na sua pelagem à volta das lesoes.
Sinais Clínicos:
As lesões causadas por Microsporum sp variam
conforme o indivíduo. Caracterizam-se de uma ou mais manchas circulares de
alopecia com variável descamação, alguns pacientes podem desenvolver a lesão
clássica em anel com halo central sadio e pápulas foliculares finas e crostas
na periferia, pelos quebradiços, eritema e formação de crostas amarelas que
aparecem principalmente na ponte nasal, pálpebra, orelhas e patas. O prurido
geralmente é mínimo ou ausente.
Diagnóstico:

Tratamento:
O tratamento é baseado no uso concomitante de
agente tópico, sistêmico e tricotomia. A droga de escolha para ser usada por
via sistêmica é a griseofulvina (25 mg/kg/dia, VO, durante 3 semanas ou até a
cura), deve-se evitar seu uso em animais prenhes. As substâncias tópicas podem
ser utilizadas o iodo
povidona, a clorexidina a 1%
ou os derivados de imidazoliticos (como cetoconazol, miconazol, clotrimazol). Pode ser feito o uso na forma tópica do
cloridrato de butenafina em solução de 1%, com eficácia na aplicação uma vez ao
dia, devido a boa penetração nas camadas córneas. O lufenuron é uma alternativa
como droga sistêmica e pode ser utilizada por via oral, na dosagem de 100 mg/kg
e repetir a dose um mês depois. No ambiente recomenda-se o uso de clorexidina
ou o hipoclorito de sódio (diluição 1:10 em alvejantes domésticos).
1 - QUESENBERRY, K.E. Coelhos. IN: BIRCHARD, S.J.; SHERDING, R.G..Manual Saun-ders - Clinica de Pequenos Animais, 1.ed., São Paulo: Editora Roca, cap.9, seção 12, p.1503,1998.
2 - SITGES, P.G.I. Pequenos mamíferos. In: AGUILAR, R.; DIVERS, S.M.H.; DIVERS, S.J.H.Atlas de Medicina, Terapêutica e Patologia de Animais Exóticos
. 1.ed., São Caetano doSul: Editora Interbook, cap. 9, p.265-296, 2007.3 - VENNEN, K.M.; MITCHELL, M.A. In: MITCHELL, M.A.; TULLY JR,T.N.Manual of Exotic Pet Pratice
. Missouri. Saunders Elsevier, cap.14, p.375-388, 2009.
4 - QUINTON, J.F.Novos animais de estimação: Pequenos mamíferos. São Paulo: Roca,
parte II. p.69,159, 2005.
5 - VILARDO, F.E.S. Lagomorpha (Coelho, Lebre, Lebre-assobiadora). In: CUBAS, Z.S.; SIL-VA, J.C.R; CATÃO- DIAS,J.L.Tratado de Animais Silvestres 1.ed., São Paulo: Editora Roca,cap.27, p.415, 2007.
6 - DIETERICH, R.A. & FEIST, D.D. Hematology of Alaskan snowshoe hares (Lepus ameri-
canus Macfarlani) during years of population decline.In:Comp. Biochem. Physiol. Great
Britain: Pergamon Press, v.66A, p.545-547, 1980.
7 - HARRIS, I. The laboratory rabbit . ANZCCART News, v.7, n.4, supl., p.1-8, 1994.
8 - SCOTT, D.W.; MILLER, JR. W.H.; GRIFFIN, C.E. Dermatoses de roedores, coelhos e
furões de estimação.In: Muller & Kirk,Dermatologia de pequenos animais.Rio de Janeiro:
Interlivros. 5.ed., cap.20, p.1081, 1996.
9 - KANE, J.; SUMMERBELL, R.; SIGLER, L.et al Laboratory handbook of dermatho-hytes.
Belmont: Star Publishing, 1997.
10 - ZAGNOLI, A.; CHEVALIER, B.; SASSOLAS, B.Dermatophyties et dermatophytes.
EMC -Pédiatrie, v.2, p.96-115, 2005.
11 - VAN ROOIJ, P.; DETANDT, M.; NOLARD, N.Tricophyton mentagrophytes of rabbit origin causing family incidence of kerion: an environmental study. Mycoses. 50(2):160,
2006.
12 - WEITZMAN, I.; SUMMERBELL, R.C.The dermatophytes. Clin Microbiol
Rev; 8(2):240-260; 1995.
13 - DONNELLY ,T.M.; RUSH, E.M.; LACKNEG, P.A.Ringworm in Small Exotic Pets.
Seminars of avian and exotic pet medicine; 9(2): 82-93; 2000.
.
Rev. Saúde Pública
, vol.28, n.5, p.337-340, 1994
Nenhum comentário:
Postar um comentário