terça-feira, 3 de novembro de 2015

HISTOPLASMOSE:

   A histoplasmose é uma micose causada por fungo dimórfico, o Histoplasma capsulatum. É considerada classicamente uma micose endêmica, embora o fungo tenha um comportamento oportunístico em pacientes com depressão da imunidade celular. O homem adquire a infecção através da inalação de conídeos presentes na natureza (cavernas com morcegos, galinheiros, etc). O quadro clínico pode variar, desde infecções assintomáticas até quadros graves disseminados, que acometem pacientes com Aids, transplantados ou com neoplasias hematológicas. O diagnóstico baseia-se no encontro do fungo em fluidos orgânicos (escarro, sangue, líquor) ou tecidos (histopatologia), na cultura de materiais biológicos e na sorologia. O tratamento das formas agudas graves, respiratória crônica ou de formas localizadas pode ser feito com azólicos orais (itraconazol) e nas disseminadas, a Anfotericina B (preferencialmente as formulações lipídicas) constitui a droga da eleição para iniciar a terapia. A histoplasmose representa, hoje uma das micoses sistêmicas mais importantes nas Américas, com ampla distribuição em todas as regiões do Brasil. 

Fonte de infecção: morcegos (as aves desempenham papel passivo, pois não eliminam o agente, mas suas fezes ajudam a proliferação da fase saprofítica)

Via de eliminação: fezes
Via de transmissão: contágio direto via aerógena (inalação de pó)
Porta de entrada: trato respiratório
Susceptível: mamíferos e homem são hospedeiros acidentais, pois não participam da manutenção ou transmissão da doença.
  O período de incubação é de aproximadamente 10 dias. Após a inalação do agente, ocorre a forma pulmonar (aguda ou crônica). Posteriormente, por via hematógena, ocorre a forma disseminada - pele, mucosas e outros órgãos (baço, fígado, coração).


 Sintomas
HUMANOS

Pulmonar aguda: Mais freqüente, semelhante à gripe, durando de um dia a várias semanas. Pode passar desapercebida.
Pulmonar cavitária crônica: Acomete pessoas com mais de 40 anos, homens, quase sempre com enfermidade pulmonar pré-existente. Semelhante à tuberculose pulmonar, com formação de cavidades, com curso de meses a anos. Pode haver dano pulmonar permanente ou cura espontânea.
Disseminada: É a mais grave, acometendo pessoas muito jovens ou muito velhas. 10-25% de aidéticos em áreas endêmicas desenvolvem esta forma, com 10% de mortalidade. Forma aguda: em lactantes e crianças pequenas – hepatoesplenomegalia, febre, prostação. Se não tratada, é alta a mortalidade. Forma crônica: geralmente em adultos – pneumonia, hepatite, endocardite, ulceração de mucosas e hepatoesplenomegalia. Pode ser mortal se não tratada.

DEMAIS ANIMAIS
Alta taxa de animais reatores (domésticos e de companhia, morcegos e roedores), porém maioria das infecções são assintomáticas.
Cães: é a espécie que manifesta mais freqüentemente sintomas clínicos. Forma respiratória primária: encapsulação e calcificação do agente. Forma disseminada: perda de peso, diarréia persistente, ascite, tosse crônica, hepatoesplenomegalia e linfadenopatia.
Aves: não são susceptíveis (sua temperatura corporal não permite o crescimento do fungo)

  Em casos de infecção leve,  provavelmente não será necessário tratamento. O seu veterinário  pode apenas pedir que o animal descanse e tome um medicamento sem necessidade de prescrição médica para controlar os sintomas. Caso haja dificuldade para respirar ou estiver infectado por mais de um mês, o tratamento pode ser necessário. Normalmente é dado um medicamento antifúngico oral, mas pode ser necessária a terapia intravenosa. Os medicamentos mais usados são:
  • cetoconazol
  • anfotericina B
  • itraconazol.
Alguns animais podem ter de tomar medicação antifúngica por até dois anos.


 REFERENCIAS: mgar e minha vida

 

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