quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Psitacose

    Também conhecida como ornitose ou febre dos papagaios, é uma doença infecciosa causada por clamídias (agente etiológico: Chlamydia psittaci), é de distribuição universal (pode ocorrer em qualquer lugar do mundo), ocorrendo em qualquer época do ano.

Etiologia: 
  • É uma bactéria Gram negativa intracelular obrigatória
  • Identificada inicialmente em psitacídeos, isto é, em papagaios, araras e periquitos (daí o nome psitacose), posteriormente verificou-se a infecção também em diferentes espécies de aves (pombos, galinhas, canários, faisões, perus, etc), répteis e mamíferos, incluindo o homem.
  • Tem distribuição mundial
  • O agente é susceptível a maioria dos desinfetantes e detergentes: compostos de amônia quaternária, álcool 70%; Lysol a 1%; hipoclorito de sódio; clorofenóis; calor.
  • O agente é resistente a ácidos e bases, e mantém-se por meses se protegidos em fezes ressecadas. 



Hospedeiros:
  Aves, principalmente os psitacídeos (papagaios, araras e periquitos), são o reservatório natural da doença, todavia, outras espécies como pombos, perus e gansos, também podem atuar como reservatório. Algumas espécies de mamíferos podem ser afetadas.    

Atualmente, conhece-se mais de 130 espécies de aves que podem ser hospedeiras da bactéria. Acomete principalmente pessoas que mantêm contato direto com esses animais (trabalhadores de abatedouros de aves, trabalhadores de lojas de animais e criadores de aves).
  A psitacose é transmitida por via respiratória, por meio da aspiração de poeira contaminada pelos dejetos de animais doentes ou portadores. A transmissão respiratória de pessoa a pessoa pode acontecer, mas é um evento raro e ocorre somente na fase aguda da doença. Uma vez no corpo do infectado, permanece incubada por um período de uma a quatro semanas e o período de transmissibilidade pode durar semanas ou meses.



Sintomas:

  Nas aves: Nos psitacídeos, a infecção normalmente não apresenta sinais clínicos. Quando presentes, são inespecíficos como queda na fertilidade, anorexia, perda de peso, hipotermia, eriçamento das penas, letargia, diarréia amarelada a esverdeada, dispnéia, sinusite, coriza, aerosaculite, pneumonia e desidratação. Após emagrecimento progressivo e caquexia, os animais morrem, freqüentemente com sintomas de paralisia no prazo de uma a duas semanas. Também ocorrem mortes súbitas sem sintomas prévios da doença. Um animal doente pode ser curado, mas continua portador eliminando o agente por meses.

  Em mamíferos: Em ruminantes, o aborto é o principal sinal clínico, sendo que o agente tem sido isolado da placenta de bovinos, ovinos e caprinos de todo o mundo. Além disso, podem ocorrer epididimite, artrite, pneumonia e conjuntivite. Já em suínos ocorrem doenças respiratórias e desordens reprodutivas, porém a forma assintomática parece ser a mais freqüente.

  No homem: A infecção assintomática não é comum, dando lugar a sintomas semelhantes à gripe (como cefaléia, febre, dor muscular, tosse e inapetência), acompanhados de acometimento das vias aéreas superiores ou inferiores e evoluindo para pneumonias atípicas. Complicações - Pericardite, miocardite, endocardite, tromboflebite superficial, hepatites e encefalopatia. A enfermidade, em geral, é leve ou moderada no homem, podendo ser mais grave em idosos que não recebam tratamento adequado, Estima-se que a letalidade seja menor que 1% quando pacientes são tratados de modo adequado (antibioticoterapia).

Fonte: Wikipédia & InfoEscola. 

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